domingo, 22 de janeiro de 2012

Você vive hoje a vida que gostaria de viver por toda eternidade? *

Uma boa pergunta para voltar a escrever, aliás, que pergunta instigante, não há possibilidade de uma resposta automática, pois, sua vida é boa? Se for, porque não vive-la para sempre?
Se optar por isso, considerando que seja possível, até quando agüentaria viver afirmando que sim, sua vida é boa e simplesmente conformar-se?
Seres humanos são extremamente conformados com fatos que acontecem a sua volta, como todas essas besteiras que vemos todos os dias, no entanto, isso só ocorre pelo fato de que não nos atingem diretamente. A partir do momento em que o problema bate a sua porta, que a rotina incomoda, que a vida boa se torna massiva, que a grama do vizinho é mais verde, algo, lá no fundo começa perturbar, achar que sua vida não é tão boa afinal, que falta alguma coisa, mesmo que antes sentia-se completo. Logo, conclui-se que “nenhuma vida é boa o suficiente pra ser vivida a vida toda”*, mas e porque não?
Somos seres carentes e incompletos, ainda não sabemos o que buscamos e quando achamos que estamos perto de saber, estamos apenas buscando um foco, buscando um motivo para continuar, resta saber até onde nós continuaremos...

* Francis Leonardo Pazzini

domingo, 21 de agosto de 2011

Da Administração Pública.

Moro em concórdia desde sempre, mais especificamente no Bairro São Cristóvão, atualmente sou estudante da 4ª fase Direito na Unoesc de Joaçaba, e fui “privilegiada”, juntamente com os alunos da escola Mansueto Boff e eventuais passageiros de ônibus com uma obra municipal, ao já bastante comentado terminal ou popularmente conhecido como casinha de ônibus, embora não possa ser chamado assim devido as suas dimensões.

Lendo o jornal, vi uma nota em que se esclareciam mais sobre os custos desta mesma obra, li que muitos questionaram se realmente foram usados os tais R$39000, mas me pergunto se era isso que as pessoas que enviaram e-mails objetivavam questionar. Não duvido de que, de fato, foram usados os R$39000, mas duvido da necessidade desse custo para algo tão superficial.

O art. 37 da Constituição Federal define:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...].

Destaco o princípio da eficiência. Analisando a etimologia da palavra poderíamos associar a eficácia, de a administração pública dever gerenciar com eficácia, e no sistema de hoje isso significaria fazer mais com menos. E o que seria mais em uma cidade como a nossa?

Não questiono a eficiência do terminal em si, mas sim, a importância do mesmo, considerando que na mesma rua, apenas em sentido contrário temos uma “casinha” das comuns, o que não seria um problema se a mesma tivesse teto, considerando também, a falta de recurso para ter um médico todos os dias nos postos de saúde, e alguns outros probleminhas com que nos deparamos eventualmente.

O princípio da eficiência como define Alexandre de Morais “é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, rimando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social."

Ainda assim, outros juristas dizem que o princípio da eficiência não é um princípio, mas sim a FINALIDADE, da administração pública, uma vez que isso é o que esperamos dos nossos administradores. Mauricio Antonio Ribeiro Lopes.

É sim necessário pensar em “detalhes” como este, afinal de contas, para mim, assim como para muitos outros o principal meio de transporte é o transporte público, e um ponto de ônibus torna-se um detalhe essencial, toda a via deve-se ponderar e analisar as necessidades primárias da população de Concórdia, para depois disso aplicar e investir uma quantidade significativa de dinheiro público.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O futuro da humanidade.

Uma vez eu havia começado a ler mais um dos livros de Augusto Cury, nunca conseguia terminá-los, mas os achava interessante, o que me motivava a começar a ler mais um título do autor. Até que um dia, um professor que através de poucas palavras mudou muitos dos meus conceitos e me encantou, lembro dele olhando pra mim e dizendo: - “Quem é ele pra dizer como você deve agir, ou deve ser?” A partir daí não tentei mais ler os livros e descobri o porque da minha impaciência para com eles. No entanto, minha irmã acabou me incentivando para a leitura de um outro título desse mesmo autor, e eu falo aqui, e indico para todos, O Futuro da Humanidade, ele realmente tentou escrever alguma espécie de romance, embora não tenha sido muito feliz, mas algo me chamou atenção nesse livro. O fato de que ele não somente ditava os erros da humanidade, ou erros que cometemos com nós mesmos. Na minha interpretação de seu livro, ele questiona essa dependência por alguém que nos mostre os caminhos, e é aí que vem a minha profunda crítica a psicologia e ao mesmo tempo a minha admiração pela mesma. A psicologia e a psicoterapia nos dão o caminho certo, mas quem são eles pra ditar um caminho certo? São Deus? Não são nada, são seres humanos como nós, buscando respostas, a única diferença é que eles possuem a perspicácia, e a audácia de fazer de nós simples cobaias de suas teorias e crenças. No entanto um ser humano que consegue simplesmente induzir outro a encontrar o caminho que ele mesmo acredite ser o caminho da razão, e seja capaz de aprender e principalmente entender o problema é digno de admiração. Como é o caso do personagem principal do livro. O que mais me irrita é que não são esses os profissionais que dominam o mercado de trabalho, não são esses os profissionais que prestarão serviços a qualquer um de nós, e que fique claro, isso não é uma crítica apenas à psicologia, mas sim a todos os profissionais do futuro nas mais diferentes áreas. O que te motiva a exercer determinada profissão? O dinheiro ou a contribuição para a sociedade? Você pode mentir para mim, e para si mesmo, dizendo que é a contribuição para a sociedade e que quer sim! quer um mundo melhor, mas isso não muda seus propósitos, e nem muito menos o futuro frustrante que o aguarda.

domingo, 24 de julho de 2011

Não acomodar com o que incomoda.

Como uma pessoa normal, tenho diversas dificuldades, e conversando com um amigo sobre estas, chegamos ao assunto de que tipo de pessoas nós gostamos pra mantermos amizades...Passei essa última semana "na minha", sem vontade de fazer muita coisa, dando uma de pessoa observadora que não sou, e caramba, vivemos em uma ditadura. Rotulamos absolutamente tudo, avaliamos as pessoas pelas roupas que ela está usando e o diálogo se resume em coisas estupidamente superficiais. Na realidade eu sou apenas mais uma que também pensa isso, mas me pergunto, se tantas pessoas concordam comigo, porque nossas relações continuam ridículas, superficiais, porque continuamos sendo pessoas fúteis? Pensamos que por dizermos a todos que odiamos futilidades, por criticarmos o sistema, e tantas outras que coisas, que apesar de reais se tornaram clichês, nos tornamos melhores? Ou pensamos que estamos valorizando mais a essência das pessoas e a espontaneidade das coisas ao dizer que isso falta em todos? Não, não, por favor. Essa filosofia é maravilhosa! Por instigarmos a pensar no que somos, no que fomos, mas não podemos ficar apenas nisso, fingindo que somos bons e que nos importamos! Gosto de conhecer das pessoas o melhor delas, e todos possuem um melhor, não gosto de sentimentos levianos, de subir no salto e usar da falsidade pra ser o que não sou, gosto da simplicidade e o que temos de mais espontâneo, pois é disso que somos feitos. E sei que você também prefere a essência.

Eu acho que tenho certeza daquilo que me conforma, daquilo que quero entender e não acomodar com o que incomoda. – O Teatro Mágico.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Seja um Idiota.

Estava eu aproveitando minhas merecidas férias, apesar de ter gente que mereça mais do que eu, e resolvi organizar os arquivos do meu computador, começei pela pasta meus aquirvos recebidos, e abri um muito bloco de notas bem interessante, o título do texto: Seja um Idiota. Arnaldo Jabor, não é novidade que os textos dele são bons, apesar de serem meio modinha, tipo Clarice Lispector, nada contra, eles falam coisas com sentido, o problema é quando a galera lê e se auto considera uma pessoa profunda por citar coisas que são bonitinhas sem pensar muito no que isso pode signifcar. Enfim, vou postar aqui o texto, e espero sinceramente que você não ache esse um texto bonitinho, não apenas isso, que leve pra você, se significar alguma coisa.
"A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre.
A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes,separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.
Ignore o que o boçal do seu chefe disse.
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele!
Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo.
Você quer? Espero que não!
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Brincar é legal!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?" Arnaldo Jabor